Na apresentação do livro, Pedro Rolo Duarte conta a história de um amigo com "uma sexualidade meio indefinida" e como foi ele quem primeiro lhe falou dos blogues.
- É uma espécie de diário. E nele podes escrever algo que não poderias dizer de outra forma.
O jornalista conta que o amigo começou a receber comentários e mensagens através do blogue. Do Brasil, veio uma mensagem que acabou por iniciar uma relação de empatia intelectual, ao ponto de o amigo ter viajado para conhecer a pessoa com quem mantinha aquela comunicação. O amigo foi para o Brasil e foi recebido pela pessoa que era afinal um homem. Depois do choque inicial, o amigo iniciou uma relação com aquela pessoa e o blogue acabou por ajudá-lo a definir a sua sexualidade.
"Quanto mais felizes seríamos se há 20/30 anos houvesse blogues? Quantos talentos se perderam."
É verdade que todos nós, jornalistas, nos sentimos um bocado ameaçados com este movimento. Foi bom percebermos que não, que a maioria dos comentadores dos jornais são, hoje, pessoas que escreviam nos blogues.
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